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sábado, 25 de agosto de 2012

Circumponto ʘ

Circumponto
Quase ninguém fala desse símbolo, acho que é por causa que ele passa despercebido por causa da sua simplicidade.
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O Circumponto, circulo ponto ou "círculo com ponto no centro" como o próprio nome diz é um círculo com um ponto no meio ou em alguns casos um círculo pequeno dentro de um maior, esse símbolo como todos os outros tem dezenas ou centenas de interpretações e significados.

O símbolo representa o próprio sol, o universo, o princípio da existência, o Big Bang, o infinito e por ai vai.

Na árvore da vida cabalística é o símbolo de Kether a primeira e mais elevada das sephirah.
Na alquimia, cada metal tem um símbolo, o circumponto representa o ouro, o mais perfeito dos metais.

Também é um símbolo solar, para os egípcios era do deus Rá, podia se ver uma imagem semelhante no topo da sua cabeça, ele é uma das principais entidades do panteão egípcio, diversas outras também possuem o disco solar e ainda também é o símbolo que aparece em Tiferet, representando o símbolo do Sol.

Um fato interessante é que a imagem lembra um átomo de hidrogênio, o nosso Sol é composto por 73,46% de hidrogênio.

Um símbolo semelhante aparece na série de quadrinhos Watchmen, fica na testa do Dr. Manhattan, não podemos dizer que é exatamente o circumponto, porém como o Projeto Manhattan tem a ver com criação de bombas e a mais poderosa é a de Hidrogênio, acredito que Alan Moore pensou em tudo isso antes de colocar isso na história, o símbolo fica na zona do chakra frontal. O símbolo obviamente remete ao hidrogênio.


Dr. Manhattan


É comum que esse símbolo apareça de diferentes formas como por exemplo ao invés do círculo um ouroboro com um ponto no centro.

O circumponto também aparece na arquitetura principalmente em ordens iniciáticas como a maçonaria e a rosa-cruz e ganhou um capítulo no livro "O Símbolo Perdido" de Dan Brown, onde o símbolo era uma das chaves centrais da história.

sábado, 18 de agosto de 2012

Lee Lawrie

Hoje vamos falar de um artista e escultor chamado Lee Oscar Lawrie, 1877 - 1963, nascido na Alemanha mas que passou a maior parte da sua vida nos Estados Unidos.
Eu nunca havia escutado falar de Lee Lawrie até o dia em que fui escrever na parte de quadrinhos sobre Senhor Destino, da qual falava a história do deus Nabu e então encontrei uma imagem dele feita por Lee Lawrie.

Pesquisando descobri algumas obras dele em painéis de bronze nas portas da biblioteca do congresso de Washington, onde haviam vários deuses de vários panteões, certa de 18 para ser mais exato e entre eles estava Nabu.

Abaixo a imagem, cliquem para ver ela com melhor qualidade.


Porta do Museu de Washington
















1ª Porta: Hermes, Itzamna, Odin, Quetzalcoatl, Ogma e Sequoyah.
2ª Porta: Thoth, Brahma, T'sang Chieh, Cadmus, Nabu, Tahmurath.
3ª Porta: Hermes, Itzamna, Odin, Quetzalcoatl, Ogma e Sequoyah.

Estes são deuses das mitologias grega, egípcia, nórdica, maia, gaulesa, hindu, suméria e persa.
Também temos Sequoyah, importante figura que foi um nativo norte americano e T'sang Chieh que foi um historiador Chinês.

Aos poucos fui vendo que a maior parte de suas obras (ao menos as mais famosas) tinham a ver com temas esotéricos, aliás Washington é um lugar repleto de esculturas do tipo e Dan Brown explorou bem isso em seus livros.
Washington tem grande presença dos maçons por isso a arquitetura de lá tem esses detalhes.

Ao lado a representação simbólica de Deus, segurando um esquadro, o "Grande Arquiteto do Universo", na entrada do Rockefeller Plaza, tem o nome de Sabedoria.

Sabedoria

O deus grego Hermes, deus da inteligência,sabedoria e um dos arquétipos que tem ligação com a magia.

Hermes

Outro exemplo é a escultura de George Washington com o símbolo maçônico na parte de cima, o compasso e o esquadro.
George Washington

Lee Lawrie fez muitos trabalhos pelos Estados Unidos em bibliotecas, prédios e igrejas, algumas obras não foram nem assinadas, dizem que ele era do tipo tímido, também não é muito fácil encontrar muitas informações sobre ele, isso complica saber se ele era adepto de alguma filosofia ou se as obras eram apenas feitas por causa de quem as encomendou, ainda assim são esculturas de grande valor histórico e esotérico.

sábado, 11 de agosto de 2012

Monstro do Pântano

Monstro do Pântano
Era para ser apenas a história do monstro apaixonado pela mocinha, estilo "a Bela e a Fera" até que Alan Moore, apareceu até um momento em que a HQ já tinha sido escrita por outro quadrinista e estava quase sendo cortada por falta de vendas.

Ele surgiu pela primeira vez na série Casa dos Mistérios e mais tarde ganhou sua própria revista, passando por diversos autores.

Monstro do Pântano ou no inglês Swamp Thing conta a triste história do cientista Alec Holland, que pesquisava uma fórmula para crescimento de plantas de colheitas em um laboratório em um pântano da Louisiana, que após uma explosão no seu laboratório acaba sendo banhado por produtos químicos e depois de algum tempo surge desse evento uma criatura com aparência humanoide composto por ervas, musgo e líquens, mas ainda assim com a inteligência do cientista e por um período pensava ser ele.

Sem medo a partir da edição 21# Alan Moore assumiu a revista e modificou muita coisa na história e dessa vez o Monstro no Pântano não era apenas um homem que sofreu uma mutação mas sim uma forma de vida que sem querer acessou os as lembranças do cadáver de Alec Holland e vagou pensando ser ele.
Moore escreve nessa primeira edição nas primeiras páginas uma carta aos leitores onde explica com sinceridade o que estava ocorrendo.


Monstro do Pântano

O famoso Constantine teve sua estréia em Monstro do Pântano.
Outras coisas legais também aconteceram quando o escritor Rick Veitch escreveu onde Monstro do Pântano encontra Jesus e este é um mago branco, mas história foi censurada.


Algo que merece nossa atenção é que Alan Moore em 1982 já tocava em assuntos de temas que hoje são pesquisadas como plantas inteligentes e com consciência. Atualmente existem muitas pesquisas sobre isso que vão além das simples manipulações genéticas que vemos por ai como por exemplo estudos das reações das plantas a determinadas ações mentais dos humanos.
O Monstro do Pântano também podia viajar pelo "Verde", a dimensão vegetal que é o inconsciente ou consciente coletivo de todas as plantas, e foi reconhecido como um elemental da terra.

Ainda sobre a consciência das plantas, o Monstro do Pântano pode se comunicar com os vegetais a modo de perguntar coisas como por exemplo onde se encontra alguma pessoa acessando o consciente coletivo dos vegetais de todo o mundo.
Além disso tudo, elementais, reinos e dimensões mágicas dos elementos são temas, tudo mostrado com o jeito ocultista de Alan Moore e posteriormente com outros autores visionários.

sábado, 4 de agosto de 2012

Arquétipo do "Velhinho"

Falando com simplicidade, arquétipo são imagens ou símbolos que existem no inconsciente coletivo das pessoas.
E inconsciente coletivo é uma teoria criada por Carl Gustava Jung da qual ele defende de que existam imagens e símbolos que são comuns para toda humanidade, esses herdados dos nossos ancestrais por causa de suas vivências.

A ideia desse texto veio com uma conversa com um amigo que também se interessa por assunto místicos e sempre dizia que tinha familiares que frequentavam a igreja mas que não por entender a igreja acabou por se afastar dela na juventude. Um dos fatos que ele mais citava era não entender a ideia do velhinho barba, pois parecia não ter nada a ver com a ideia que ele tinha de Deus.

Passado um tempinho depois esse senhor, disse que foi na igreja por causa de uma missa de sétimo dia e por um insight ele entendeu que o tal velhinho era um símbolo e não o retrato falado de Deus em si.
Obviamente ele não voltou a frequentar a igreja, mas essa questão que ele sempre falava havia de certo modo sido respondida.


A criação de Adão - Michelangelo




O símbolo de velhinho, ou para ser mais específico do homem velho com barba é antigo, encontramos essa representação nos deuses gregos, como por exemplo Zeus e Poseidon e também podemos ver o exemplo com os Nórdicos com o deus Odin.
Não necessariamente esses eram retratados sempre como velhos, mas com certa idade, mas sempre barbados.

Deus de "Um Sábado Qualquer"A idade e barba, alguma acompanhados cabelos grisalhos e longos cabelos representam a sabedoria, experiência e vivência, além disso com as condições de vida do passado chegar a idade onde se consideraria velho seria uma grande honra e algo a ser respeitado.
Essa ideia passou para os cristãos que na dificuldade de representar aquele que para eles era o "Alfa e o Ômega" acabaram por representá-lo assim.

Esses aspectos também apareceram com outros, por exemplo Moisés, Merlin, Gandalf e por ai vai.


Essa ideia permanece com outros deuses também, que muitas vezes são representados por seus aspectos e não como as pessoas imaginavam que eles eram, porém com o tempo ficou sendo vista como a representação destes.
Um exemplo são os deuses Egípcios que as vezes tem 2 ou 3 representações diferentes por esses motivos, ou os deuses Hindus que aparecem com diversos objetos que tem seus significados e simbolismos.

Kether, a primeira sephira da árvore da vida tem como símbolo um velho rei barbado visto de perfil.